Toffoli manda soltar deputado preso na Operação Ararath
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar hoje (23) o deputado estadual José Riva (PSD-MT), preso na Operação Ararath, da Polícia Federal. O parlamentar foi preso terça-feira (20) e transferido para o Presídio da Papuda, no Distrito Federal. O alvará de soltura foi assinado pelo ministro.
O deputado é investigado na Operação Ararath, destinada a apurar crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. Em novembro de 2013, quando concluiu a primeira etapa da operação, a polícia informou que, desde o começo de 2011, vinha investigando empresas de factoring (fomento mercantil) e de outros segmentos, como uma rede de postos de combustíveis de Cuiabá.
Por meio de operações de empréstimo fraudulentas, as empresas lavavam dinheiro e fraudavam o sistema financeiro, movimentando mais de R$ 500 milhões de reais em seis anos. A base do esquema era uma empresa de Várzea Grande (MT) que encerrou suas atividades em 2012.
Atendendo a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Justiça proibiu que a PF divulgue qualquer informação relacionada à Operação Ararath, por meio do Departamento de Imprensa do órgão. Segundo a PGR, a medida foi requerida para garantir a efetividade do cumprimento dos mandados de busca e apreensão e das prisões. O pleito para que os dados da operação fiquem sob sigilo foi acatado por Toffoli e pela Justiça Federal em Cuiabá. A decisão gerou protestos por Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), para quem a medida "calou" a PF. Já a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) defendeu o sigilo e disse que o segredo de Justiça vai garantir eficiência às investigações.
* A matéria foi alterada no dia 25.05.2014 para acréscimo de informações relativas ao sigilo, determinado pela Justiça, dos resultados das ações da Operação Ararath