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Política

Collor diz que decisão do Supremo é derrota para PGR e que vai provar inocência

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/08/2017 - 20:33
Brasília
Brasília - O senador e ex-presidente Fernando Collor, fala na sessão para votar o processo de impeachment da presidenta afastada, Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O senador Fernando Collor diz que como no passado, terá oportunidade de comprovar sua inocência na fase seguinte do processoMarcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) disse hoje (22) que terá oportunidade de provar sua inocência no processo que se iniciará a partir de agora no Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, o senador diz que “como no passado, terá oportunidade de comprovar sua inocência na fase seguinte do processo”.

A nota pontua ainda que a decisão de hoje do STF, que acatou denúncia contra ele por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, representou uma derrota para a Procuradoria-Geral da República.

“O Supremo Tribunal Federal impôs, no julgamento de hoje, uma primeira derrota à Procuradoria-Geral da República, pois, dos nove denunciados, a recebeu em relação a três deles, ainda assim em parte, afastando cinco de oito crimes imputados”, diz a nota.

O senador disse ainda que os ministros da Corte repudiaram os “excessos da acusação”. “Mesmo em relação ao remanescente da denúncia, a Corte apontou o absurdo da multiplicidade de acusações em relação a um mesmo fato, ressaltando que nessa etapa não fazia qualquer juízo quanto à existência ou não de crime”, diz a nota.

Com a decisão do STF de acatar a denúncia, Collor vira réu nas investigações da Operação Lava Jato. A PGR acusa o parlamentar de receber R$ 29 milhões em propina pela suposta influência política na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, além de Collor, estão envolvidos no suposto esquema a mulher do senador, Caroline Collor, e mais seis acusados que atuavam como “operadores particulares” e “testas de ferro” no recebimento dos valores.