Acnur contabiliza mais de 25 milhões de refugiados no mundo; 10 milhões são apátridas

Direitos Humanos

Publicado em 26/06/2018 - 07:45 Por Victor Ribeiro - Brasília

Vinte e cinco milhões e 400 mil refugiados buscaram um novo lar pelo mundo ao longo do ano passado. Nunca o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) havia contado tanta gente nessa situação.


Para 10 milhões de pessoas a situação é ainda mais grave: nenhum país reconhece a cidadania delas. Por isso, são chamadas de apátridas.


Maha Mamo tem 30 anos. Filha de pais sírios, ela nasceu no Líbano e não podia se dizer nem libanesa, nem síria.


Sem documentos, Maha contou com ajuda para estudar e trabalhar. Ela escreveu cartas, primeiro para líderes libaneses e depois para líderes de outros países.


Até que, em 2014, o governo brasileiro respondeu a uma carta que ela enviou para a então presidenta Dilma Rousseff.


Ela poderia vir para o país com a irmã e o irmão, mas o reconhecimento como apátrida só se tornou possível em novembro do ano passado, com a nova Lei de Imigração.


Agora, Maha e a irmã, Souad, de 32 anos, se preparam para se naturalizarem brasileiras. E Maha, que gosta de andar com a bandeira do Brasil em volta do pescoço, quer que a nossa Lei de Imigração seja modelo para outros países.


O ministro da Justiça, Torquato Jardim, foi quem assinou o documento que iniciou o processo de reconhecimento das irmãs como cidadãs. Jardim comemorou e contou que é a primeira vez que o Brasil reconhece os direitos de pessoas apátridas.


Há quatro anos, quando as irmãs conseguiram asilo no Brasil, o Acnur lançou a campanha global “I Belong”, que, em português significa “Eu Pertenço”.


A meta é em dez anos zerar o número de pessoas apátridas. Ainda de acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, o alcance desse objetivo é cada vez mais concreto, devido a exemplos como o do Brasil.

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