Estudo: árvores morrem em até 10 anos após queimadas

Publicado em 09/09/2024 - 14:19 Por Solimar Luz, repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
Atualizado em 10/09/2024 - 15:32

As árvores de áreas atingidas por incêndios continuam morrendo ao longo de dez anos após o fim das chamas. É o que apontou uma pesquisa feita em uma área experimental no Sudeste Amazônico, uma área de transição entre a floresta e o Cerrado. O experimento mostra os efeitos de longo prazo das queimadas, que em 2024 já alcançaram o recorde dos últimos 14 anos no Brasil.

Segundo o biólogo Leandro Maracahipes, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e da Universidade de Yale, responsável pelo trabalho na Amazônia, com o apoio do Instituto Serrapilheira, há chance de recuperação. Mas é imprescindível evitar novos incêndios.

No entanto, segundo ele, se não houver controle, os riscos podem ser ainda maiores.

Em entrevista ao Repórter Nacional, Leandro Maracahipes, também destacou que a situação é mais preocupante em panoramas como o atual, quando há falta de chuvas e seca recorde. E explica outros prejuízos secundários das queimadas.

Mato Grosso, Pará e Amazonas lideram o ranking de queimadas no país em 2024, segundo dados do Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. As queimadas atingem biomas importantes como a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado. De acordo com as autoridades, a grande maioria dos focos são causados por ação humana. A Polícia Federal já abriu mais de 30 inquéritos para investigar as origens do fogo. 

*Matéria atualizada em 10/9/2024 para acréscimo de informações. 

Edição: Tâmara Freire / L Pedrosa

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