Brasil e China assinam acordos bilaterais
Apesar de não aderir ao Cinturão e Rota (a chamada "Nova Rota da Seda"), Brasil e China assinaram acordos para alinhar os planos brasileiros de desenvolvimento e a iniciativa chinesa.
A Nova Rota da Seda financia obras de infraestrutura em outros países para aproximar a China do mundo.
O presidente Lula recebeu o presidente chinês Xi Jinping, em visita oficial de Estado, nesta quarta-feira no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Lula citou o Nova Indústria Brasil e o novo PAC, entre os que entrarão em “sinergia” com a proposta do governo chinês.
"Decidimos elevar a parceria estratégica global ao patamar de comunidade de futuro compartilhado por um mundo mais justo e um planeta sustentável. Estamos determinados alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos".
Um grupo de trabalho terá dois meses para apresentar projetos prioritários sobre Cooperação Financeira e Desenvolvimento Sustentável.
Os presidentes defenderam reformas na governança global e a busca pela paz, em busca de espaço para combater a fome e as mudanças climáticas.
Xi Jinping pediu a solução dos conflitos entre Ucrânia e Rússia e Palestina e Israel. A fala teve tradução simultânea.
"A humanidade é uma comunidade de segurança indivisível. Só quando abraçarmos a visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável é que trilharemos um caminho de segurança universal".
Foram assinados 37 acordos, como aberturas de mercado para produtos agrícolas, intercâmbio educacional e cooperação tecnológica. As iniciativas abrangem também áreas de comércio e investimentos, comunicações, turismo, saúde, cultura, entre outros.