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Health

HIV: cresce número de casos, mas mortalidade diminui

Em 2023, houve 3,9 óbitos por 100 mil habitantes
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Daniella Longuinho - repórter da Rádio Nacional
13/12/2024 - 21:17
Brasília
Teste rápido para HIV/AIDS.
© Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil registrou a menor mortalidade por aids da série histórica, segundo levantamento do Ministério da Saúde divulgado esta semana.

Em 2023, houve 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, a menor taxa desde 2013.

Apesar disso, no ano passado, houve aumento de 4,5% nos casos de HIV em comparação com 2022.

Foram notificados 46.495 casos de infecção pelo HIV no país.

Desse total, cerca de 35% ocorreram no Sudeste; 27% no Nordeste; 16% no Sul; 13% no Norte e 9% no Centro-Oeste.

A taxa de detecção nacional foi de 21,8 casos por 100 mil habitantes.

Quanto ao perfil das pessoas que concentram a maioria dos casos de infecção pelo HIV em 2023, os dados apontam quase 71% das notificações em pessoas do sexo masculino, 63% em pessoas pretas e pardas, e 53% em homens que fazem sexo com homens.

Sobre os casos de aids, em 2023, foram registrados 38 mil casos da síndrome, com a região Norte registrando a maior taxa de detecção do país, 26%, seguida pela região Sul, 25%.

Vale lembrar que todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente, com o objetivo de proteger o sistema imunológico e evitar que a aids apareça.

Há duas semanas, o Ministério da Saúde veicula a Campanha Dezembro Vermelho, de conscientização sobre o HIV/aids.

O levantamento do Ministério da Saúde aponta ainda que, em dois anos, o Brasil dobrou o número de usuários de PrEp, Proxilaxia Pré-Exposição. Em 2024, até o momento, são 109 mil. Em 2022, o quantitativo era de 50.700 usuários.

A PrEP é uma das formas de prevenir o HIV e todas as pessoas em situação de vulnerabilidade para o vírus podem fazer uso do procedimento. Trata-se de um medicamento em comprimido distribuído de forma gratuita pelo SUS, que deve ser ingerido antes da relação sexual.

A pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.

O Ministério da Saúde atribui o aumento nos casos de HIV demonstrados no último levantamento à maior capacidade de diagnóstico dos serviços de saúde.