Hoje, a maioria dos cristãos comemora o Natal. A princípio, o dia 25 de dezembro estava relacionado à festa do deus Sol Invictus, patrono dos soldados romanos. Com a expansão do cristianismo, no ano de 354 depois de Cristo, a Igreja Católica oficializou a data como a natividade de Jesus Cristo, apresentado como o verdadeiro sol dos cristãos. Em algumas passagens no Velho Testamento da Bíblia, há referências a Jesus como “Sol” e “astro nascente”. A festa de Natal vai além de presentes e da figura do Papai Noel e surgiu como uma forma de expressão religiosa como conta o teólogo Idelgardo Alencar.
"Para os cristãos, o Natal representa o nascimento de Jesus, o Filho de Deus. Trata-se de uma festa que surgiu quando o Império Romano permitiu que a Igreja Cristã expressasse sua religiosidade no império.".
O teólogo Idelgardo Alencar explica ainda que grande parte dos festejos seguem a tradição católica de fazer uma ceia em família e realizar celebrações religiosas. Mas nem todos os seguidores do cristianismo comemoram o Natal.
"Nas religiões protestantes, alguns seguidores comemoram o Natal assim como os católicos, basicamente os luteranos e presbiterianos. Outros buscam na Bíblia fundamentos para não celebrar essa data, como é o caso das Testemunhas de Jeová, já que a data do nascimento de Cristo ainda é discutida. Já os evangélicos, principalmente o mundo pentecostal, assim como os católicos, celebram essa data com a mesma devoção e procuram incorporar elementos da cultura popular na comemoração".
Vale lembrar que, mesmo entre os cristãos que costumam fazer festa, nem todos celebram o Natal nesta data. A existência de dois calendários, o gregoriano e o juliano, faz com que parte dos seguidores do cristianismo comemorem o Natal depois do Ano Novo. As Igrejas Ortodoxas do leste europeu e do Oriente Médio celebram o nascimento de Jesus no dia 7 de janeiro, data do calendário juliano que corresponde ao dia 25 de dezembro no calendário gregoriano.