Empresas aéreas lançam cartilha para transporte de cães e gatos
As companhias aéreas lançaram o Guia de Orientação para o Transporte Aéreo de Cães e Gatos, que estabelece critérios de segurança para a viagem dos animais. A iniciativa faz parte do Pata, o Plano de Transporte Aéreo de Animais, criado pelo governo federal. Segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas, a Abear, o guia busca garantir uma viagem mais segura para os pets e para os passageiros.
A diretora de investimentos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, do Ministério de Portos e Aeroportos, Luiza Deusdará, explica o que os tutores de pets encontram na cartilha.
"Eles vão encontrar orientações sobre como escolher a caixa de transporte adequada para o animal, eles vão poder entender as políticas próprias de cada companhia aérea para a prestação de serviços, eles vão ser orientados como preparar o seu animal para o voo, durante e pós viagem com o animal, como hidratação, alimentação, o próprio manejo do estresse, documentação necessária. Tudo para fazer com que a viagem seja mais tranquila e todos sejam muito bem orientados, para ter uma experiência confortável e segura durante o voo".
O Pata foi lançado no final de outubro e desde então as empresas aéreas tiveram 30 dias para implementar as medidas previstas no regulamento.
Entre as mudanças já realizadas está o serviço veterinário de emergência, como detalha Luiza Deusdará.
"Todas as companhias já estão com uma lista de veterinários cadastrados em cada uma das localidades em que elas operam, para poder fazer o atendimento em caso de eventualidade com o animal, para garantir toda a saúde do animal. Então, os veterinários, na verdade, eles não ficam de plantão, mas eles ficam de sobreaviso para qualquer momento serem acionados pelas companhias aéreas".
Apesar do avanço neste aspecto, o veterinário Andrei Telles, assessor técnico do Conselho Federal de Medicina Veterinária, alerta que a falta de veterinários de plantão nos aeroportos pode comprometer o atendimento do animal.
"Quando nós temos um médico veterinário que pode prestar o atendimento, mas que ele não se encontra no terminal, ele se encontra em algum local daquele município, ali onde os aviões estão chegando, pode acontecer de ele não dar tempo de chegar, pode acontecer de ele chegar, mas já ter perdido alguma oportunidade, algum detalhe no quadro daquele animal, que acabou de desembarcar, trazendo então maiores consequências, que é o que a gente visualizou na hora das discussões, que é diminuir cada vez mais o risco".
Outra novidade será o serviço de rastreabilidade dos animais, que deve ser implementado em breve pelas companhias aéreas.
A Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, acompanha a adaptação das empresas, mas por enquanto não está aplicando penalidades pelo descumprimento de prazos. O Guia de Orientações para o Transporte Aéreo de Cães e Gatos está disponível no site da Abear, abear.com.br.