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Politics

Câmara pede que STF reveja decisão que bloqueou emendas

Ofício defende legalidade da destinação de recursos
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Renato Ribeiro - repórter da Rádio Nacional
27/12/2024 - 10:11
Brasília
Câmara dos Deputados vota MP que reestrutura ministérios
© Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados enviou nesta sexta-feira (27) ao Supremo Tribunal Federal (STF) explicações sobre a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares.

No documento, a Câmara negou que a deliberação das emendas de comissão é oculta ou fantasiosa. Ainda pede que o ministro Flávio Dino reconsidere ou revogue a decisão, do início desta semana, que suspendeu os pagamentos.

Para Dino, as emendas não respeitavam critérios de transparência.

Nessa quinta-feira, Arthur Lira defendeu a liberação dos recursos, pois segue determinações do STF, lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula, além de acordos entre os poderes.

No início de dezembro, o STF definiu normas para a liberação de emendas parlamentares. Mas, dias depois, Lira suspendeu o funcionamento das Comissões Permanentes, que não puderam decidir sobre o destino dos recursos. Em seguida, líderes partidários enviaram ao governo federal um ofício solicitando o pagamento de quase 5,5 mil emendas de comissão.

No documento enviado ao STF, a Câmara nega que tenha sido uma estratégia para impedir a deliberação dos colegiados.

O bloqueio de emendas também foi tema de um encontro, durante a tarde dessa quinta-feira, entre Arthur Lira e o presidente Lula, no Palácio do Alvorada, e de conversas com lideranças da Câmara.

Sobre o assunto, Arthur Lira disse que as comissões foram suspensas para aprovar o pacote de cortes de gastos enviado pelo governo. 

Por determinação do ministro Flávio Dino, a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar suspeitas de irregularidades na liberação dos mais de R$ 4 bilhões em emendas.