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Perícia vai refazer trajetos de ônibus e carreta até o acidente em MG

Maioria das vítimas da tragédia ainda não foram identificadas
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Desirée Miranda
27/12/2024 - 14:42
Belo Horizonte
Brasília (DF) 21/12/2024 - Acidente envolvendo  ônibus que vinha de São Paulo, durante o trajeto, o ônibus estourou o pneu e o motorista perdeu o controle da direção batendo contra uma carreta, na BR 116, Km 286, na localidade de Lajinha, em Teófilo Otoni.
Foto: Corpo de bombeiros Militar/MG
© Corpo de bombeiros Militar/MG

 Os policiais civis que investigam o acidente entre uma carreta carregada de granito e um ônibus de turismo, no sábado passado (21) na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), no Vale do Mucuri, vão refazer os trajetos dos dois veículos para ajudar a determinar as causas e circunstâncias da batida.

A carreta saiu do Ceará com destino ao Espírito Santo. Já o ônibus seguia de São Paulo em direção à Bahia. Além desses, um carro e um caminhão também se envolveram no acidente. 41 pessoas morreram, algumas carbonizadas.

Já foram realizados exames periciais no dia da tragédia e nessa quinta-feira (26), os peritos utilizaram um scanner 3D para fazer um mapeamento tridimensional da cena e simular a dinâmica do acidente. Além disso, a polícia já ouviu alguns dos envolvidos e testemunhas da colisão. As informações fazem parte do balanço da Polícia Civil feito nessa quinta-feira e foram repassadas à imprensa em entrevista coletiva.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Amaury Albuquerque, todos esses dados vão definir o que aconteceu.

"A polícia civil quer saber exatamente todo esse trajeto, desde a hora em que ele sai do estado do Ceará até a hora quem ele chega em Teófilo Otoni e acontece esse acidente. Não só do caminhão, mas também dos carros que estão envolvidos e do ônibus". 

 Ainda segundo o delegado, a prioridade até agora foi a identificação das vítimas. O perito criminal Felipe Dapieve disse que até essa quinta, foram identificados 16 corpos e 14 já foram retirados pelas famílias. Desse total, 13 tiveram a identidade confirmada por meio das impressões digitais e três por odontologia legal.

Ele também contou que a perícia coleta material genético dos familiares das demais vítimas para que a identificação seja feita por exames de DNA. Felipe disse que familiares de São Paulo, Bahia e Paraná já fizeram a coleta. Ele explicou que não é necessário vir a Minas Gerais para isso.

"É importante frisar para os familiares que, porventura, ainda não tenham coletado, que procurem uma unidade de medicina legal, ou de perícia, ou uma delegacia no seu próprio estado. Não há necessidade do comparecimento em Belo Horizonte, ou aqui em Teófilo Otoni. Isso pode ser feito localmente e isso acelera o processo". 

Os corpos podem ser retirados pessoalmente ou por procuração no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte.