RJ: Fiocruz suspende trabalho presencial devido a operação policial
Os funcionários do Campus Manguinhos-Maré da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, estão em regime de trabalho remoto nesta quinta-feira (9). A medida se deu em razão da operação policial que ocorreu na quarta, no entorno da instituição.
Segundo nota divulgada pela Fiocruz, os serviços essenciais estão mantidos. Já o transporte Fiocruz Saudável e os ônibus coletivos que circulam até Triagem e Bonsucesso e os circulares estão suspensos. A Creche Fiocruz também está fechada.
Pelo menos uma pessoa foi morta na ação. Nota divulgada pela Polícia Civil indica se tratar de um dos gerentes do tráfico na favela do Mandela, que integra o Complexo de Manguinhos. A corporação afirma, ainda, que dois criminosos foram alvejados e caíram no rio que corta a região. Eles são alvos de buscas com mergulhadores. Outro atingido durante os confrontos foi socorrido e levado para um hospital. Não foram fornecidas informações sobre seu estado de saúde.
Conduzida pela Polícia Civil, a operação foi criticada pela Fiocruz, cujo campus fica ao lado do Complexo de Manguinhos. A instituição compartilhou uma nota, denunciando que os agentes envolvidos entraram descaracterizados em suas instalações, sem comunicado prévio e sem pedir autorização.
Durante a movimentação, uma bala atingiu o vidro de uma das paredes do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, onde são fabricadas as vacinas da Fiocruz e outros medicamentos. Uma funcionária foi ferida por estilhaços e precisou receber atendimento médico.
O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz também repudiou a movimentação policial. Em nota, a entidade disse ser inaceitável que operações sejam realizadas colocando em risco a integridade física e emocional dos presentes na instituição.