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Entregadores de aplicativos fazem manifestação pelo Brasil

Eles exigem taxa mínima de R$ 10 por entrega
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Gabriel Brum - repórter da Rádio Nacional
31/03/2025 - 13:07
Brasília
São Paulo (SP), 31/03/2025 - Entregadores de aplicativos de delivery em greve fazem manifestação na frente a sede do iFood em Osasco. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil

Entregadores de aplicativos de várias cidades paralisaram as atividades nesta segunda e terça-feira por melhores condições de trabalho e remuneração.

Nas redes sociais, vídeos mostram os profissionais fazendo protestos em algumas capitais: Recife, Natal, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Em Brasília, a concentração começou ao meio-dia na Torre de TV, puxada pelo Sindimoto do Distrito Federal, Instituto Duas Rodas e Amae, Associação dos Motofretistas e Entregadores de Aplicativos.

Os profissionais querem taxa mínima de R$10 por entrega, atualmente esse valor é de R$ 6,50; pedem pagamento de R$ 2,50 por quilômetro rodado na entrega; e o pagamento integral de cada entrega, mesmo que exista mais de um pedido no mesmo trajeto. Além disso, especificamente para as entregas de bicicleta, eles pedem um limite de três quilômetros.

O presidente do Sindimoto, Luiz Carlos Galvão, diz que o objetivo é fechar um acordo coletivo de trabalho com cada empresa.

Segundo ele, o sindicato quer que o Ministério do Trabalho e Emprego faça a mediação entre os trabalhadores e as empresas. No pedido, constam algumas das principais plataformas, entre elas o iFood.

Em nota, o iFood disse que estuda a viabilidade de um reajuste neste ano. E que os ganhos dos entregadores aumentaram nos últimos três anos. Segundo a empresa o ganho bruto por hora trabalhada no iFood é quatro vezes maior do que o ganho do salário mínimo-hora nacional. A empresa afirmou que está aberta ao diálogo com os entregadores.

A Amobitec, Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, afirmou que empresas buscam equilibrar as demandas dos trabalhadores e dos consumidores. E que a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024. A Amobitec defendeu a regulação do setor para garantir a proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades.