Orçamento: Lula questiona se Congresso e empresários vão cortar gastos
Manipulação de resultados de futebol. O presidente Lula foi claro: é contra a aposta em cartão vermelho, amarelo, em pênalti, escanteio ou arremesso manual. Para ele, aposta tem de ser só no resultado, mais difícil de manipular.
Até porque, para ele, jogador que ganha bom salário não precisa se prestar a esse papel. Lula ainda acrescentou: se a regulação, que entra em vigor em primeiro de janeiro não der certo, acaba com ela.
Nós temos uma lei que vai entrar em vigor em janeiro. Agora se até janeiro não der certo, a regulação, eu não tenho nenhum problema de acabar com isso.
A declaração foi feita em entrevista à Rede TV!, que foi ao ar nesse domingo (10). O presidente ainda falou sobre o pacote de corte de gastos, que deve ser anunciado nos próximos dias e sobre as negociações para fechar as medidas.
"Nós não podemos mais jogar - toda vez que você tem que cortar alguma coisa - em cima do ombro das pessoas mais necessitadas. Eu quero saber o seguinte: se eu fizer um corte de gasto para diminuir a capacidade de investimento do orçamento, o Congresso vai aceitar reduzir as emendas de deputados e senadores? Os empresários, que vivem de subsídio do governo, vão aceitar abrir mão um pouco de subsídio para a gente poder equilibrar a economia brasileira?"
Os cortes seriam anunciados na semana passada, mas foram adiados depois de uma série de reuniões. A última delas, na sexta-feira (8), que durou três horas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já disse que o pacote seria anunciado depois de tudo ser detalhado aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, porque é para o Congresso que a proposta de emenda à Constituição e o projeto de lei complementar vão. E aí vai depender da articulação do governo com o Congresso.