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Segurança

PMs de SP afastados após morte de delator do PCC

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Joana Cortes - Repórter da Rádio Nacional
13/11/2024 - 06:54
Brasília
São Paulo (SP), 11/11/2024 - Secretaria de Segurança Pública de SP cria força-tarefa para investigar crime no aeroporto de Guarulhos. Foto: Marcelo Camargo/Governo de SP
© Marcelo Camargo/Governo de SP

A força-tarefa da Polícia de São Paulo afastou, nesta terça-feira, oito policiais militares que faziam a escolta particular do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado na área de desembarque do aeroporto internacional de Guarulhos na última sexta-feira, dia 8.

O empresário estava jurado de morte pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital, conhecida como PCC. Os oito policiais militares afastados pela polícia são investigados por suspeita de participação no assassinato.

Um inquérito, instaurado pela corregedoria da PM, já apurava o envolvimento deles na escolta do empresário. Isso porque policiais militares são proibidos de atuar como seguranças particulares.

Os celulares de todos os policiais que estavam no dia do crime, exercendo a atividade que fere o regulamento disciplinar da instituição, foram apreendidos e passam por análise.

A corregedoria da polícia civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado entre Vinícius Lopes Gritzbach e o Ministério Público.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira que a investigação do assassinato do empresário é de competência do estado.

A princípio, de acordo com Lewandowski, o caso não deve ser federalizado.

O empresário, que era réu pelo assassinato de duas pessoas ligadas à facção criminosa, foi executado oito dias depois de confirmar à Corregedoria da Polícia Civil, no dia 31 de outubro, a delação que havia feito, ao ministério público de São Paulo, contra policiais civis, por extorsão.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do estado, quatro policiais militares estavam na equipe de segurança de Gritzbach. No dia do assassinato, parte desses seguranças atrasou e não foi até o aeroporto.

Além de Gritzbach, também foi morto pelos atiradores um motorista de aplicativo que estava trabalhando no local.