Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave crescem no Norte e Nordeste
Nas últimas seis semanas houve aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave associados à covid-19 em estados das regiões norte e nordeste do país, como Maranhão, Rondônia e Tocantins. Esses dados são da edição do Boletim Infogripe desta semana, divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz. Alagoas, Acre, Pernambuco, Piauí e Roraima, apresentam cenário oscilante. Apenas no Ceará há uma tendência de queda. Entre as capitais, os indicadores de crescimento aparecem em João Pessoa, Teresina, Manaus e Porto Velho.
De acordo com a pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, os dados mostram que a incidência semanal média da síndrome respiratória aguda grave por covid-19 tem apresentado mais impacto entre crianças pequenas e idosos, com maiores índices de mortalidade na população acima de 65 anos.
“Na maioria desses estados onde a gente observa esse aumento de casos graves por covid-19 esse crescimento ocorre principalmente na população mais idosa. Mas em alguns estados a gente também tem observado um aumento dos casos graves na população de jovens e adultos.”
Já os casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave não relacionados à covid-19 aumentaram nas últimas seis semanas em 9 estados: Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins.
No entanto, o boletim confirma que no país houve queda do número de casos da doença neste mesmo período e também para as últimas três semanas. Tatiana Portella reforçou a importância de manter a vacinação contra a covid-19 em dia.
“É importante lembrar que a vacina contra a covid-19 disponível é eficaz contra as formas mais graves da doença e também contra o óbito. Então é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação. Principalmente crianças e as pessoas dos grupos especiais estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que precisam tomar a vacina periodicamente, de uma a duas vezes por ano, dependendo do grupo.”
E também a recomendação para o uso de máscaras faciais em localidades que registram aumento de casos, sobretudo em ambientes fechados, com maior aglomeração de pessoas e nos postos de saúde.
Diante do aparecimento de sintomas gripais, a pesquisadora alerta que as pessoas fiquem em casa, em isolamento.