Dia Mundial da Nutrição alerta para os riscos da obesidade

O dia 31 de março celebra a Saúde e a Nutrição, mas também lança um alerta. Segundo dados do Atlas Mundial da Obesidade 2025, cerca de 31% dos brasileiros vivem com obesidade e essa porcentagem tende a crescer nos próximos cinco anos.
Um dos vilões da saúde é o consumo de alimentos ultraprocessados, que custou no ano passado mais de R$ 10 bilhões à economia brasileira. O montante inclui os gastos com tratamento e perdas por mortes prematuras. Para a nutricionista clínica especializada em longevidade saudável, Sabina Donadelli, parte desses recursos deveria ser investida em prevenção, por meio de consultas nutricionais na atenção básica. Em 2024, o Ministério da Saúde investiu R$ 799 milhões em insulinas para tratamento do diabetes. A previsão é que esse valor chegue a R$ 1 bilhão em 2025.
Outro ponto levantado por Sabina é a expectativa de vida da população, que tem aumentado. Segundo ela, é essencial que esse ganho seja acompanhado por qualidade de vida. A nutricionista ressalta que a adaptação a uma alimentação adequada pode ser feita aos poucos.
"Mudar hábitos pode parecer difícil no começo, mas a chave tá em começar aos poucos, com passos simples e consistentes. A primeira orientação é não tentar mudar tudo de uma vez. Começar a incluir uma fruta por dia, trocar o refrigerante por água em pelo menos uma das refeições."
A professora e produtora cultural Patrícia Nogueira modificou a alimentação e passou a fazer atividades físicas depois de alterações em exames de rotina. Ela aproveitou o gosto pela culinária para mudar a forma de se alimentar e recorre a exercícios para se sentir melhor.
"Como gosto de cozinhar, pesquiso receitas saudáveis o tempo todo. Tenho feito pratinhos deliciosos, uma boa alimentação. Isso é possível, basta a gente querer. Os exercícios têm me deixado bem disposta. Faço musculação, pilates, ioga e fit dance. Isso tem ajudado meu corpo e minha mente. Estou dormindo bem e meu humor está cada dia melhor."
Além do desgaste individual, a obesidade e as doenças crônicas geram custos elevados aos cofres públicos. Em 2018, o Sistema Único de Saúde gastou quase R$ 3,5 bilhões com tratamentos. Cerca de 60% foram destinados à hipertensão, 30% ao diabetes e 11% à obesidade.





