Pobreza e precarização do trabalho aumentam o risco de doenças mentais
Estima-se que 11% da população mundial sofre de algum tipo de transtorno mental; o que representa mais de 970 milhões de pessoas com ansiedade, esgotamento e depressão. E esse quadro tem avançado entre a parcela mais pobre.
O novo relatório "A economia do bournot: pobreza e saúde mental”, divulgado pela Organização das Nações Unidas, aponta que o trabalho precário agrava ainda mais a saúde mental. Colaboram para isso o medo do desemprego, a falta de poder de negociação com os patrões, baixos salários e jornada de trabalho, que impossibilita o equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.
Para a psicóloga Denise Milk, a pressão constante, gerada pela falta de dinheiro, pode levar ao esgotamento, com impacto negativo tanto na vida pessoal quanto profissional das pessoas…
A psicóloga destaca que cuidar da saúde mental no trabalho é essencial para prevenir transtornos ainda mais graves.
Construir uma sociedade onde o ser humano é valorizado para além do que produz é apontado como um dos caminhos. Denise Milk destaca o papel fundamental de governos e sociedade para enfrentar o que já está sendo visto como uma epidemia de depressão e ansiedade, principalmente entre os mais pobres.
Com mais de US$ 1 trilhão de perdas econômicas anuais, o relatório alerta que as consequências do aumento dos problemas de saúde mental afetam não só os indivíduos, mas a sociedade como um todo. E é dever de todos buscar soluções.